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Escalas de Avaliação Neurológicas

Postado em agosto 26, 2018 por



Escalas de Avaliação Neurológicas

Todos sabem que para se obter um bom diagnóstico é necessário fazer uma avaliação fidedigna, pois é na avaliação que conseguiremos descobrir os déficits funcionais do paciente, podendo escolher um bom objetivo de tratamento de acordo com a necessidade do paciente. Logo, não basta saber apenas da patologia, mas também saber quais métodos de avaliação e quais escalas disponíveis podem ser utilizadas para que a avaliação se torne mais rica em detalhes. Além disso, a utilização de escalas durante a avaliação ajuda a acompanhar a evolução do tratamento escolhido, e comprovar ao paciente seu desenvolvimento, garantindo assim uma maior aderência ás atividades proposta.

A seguir vamos listar algumas Escalas que são comumente utilizadas durante a avaliação, ou mesmo durante o tratamento.

ESCALA VISUAL ANALÓGICA – EVA

A Escala Visual Analógica consiste numa linha horizontal ou vertical, com 10 centímetros de comprimento, que tem assinalada numa extremidade a classificação “Sem Dor” e na outra a classificação “Dor Máxima“. O doente terá de fazer uma cruz ou um traço perpendicular à linha no ponto que representa a intensidade da sua dor. Posteriormente, mede-se em centímetros a distância entre o início da linha (que corresponde a zero) e o local assinalado, obtendo-se uma classificação numérica.

Resultado de imagem para escala dor

 

ESCORE DO MEDICAL RESEARCH COUNCIL (MRC)

A escala MRC para avaliar força muscular é um instrumento que deve ser realizada o mais precocemente possível quando o paciente está acordado e com condições de colaborar com a avaliação.
Os movimentos a serem avaliados são:
– Abdução de ombro
– Flexão de cotovelo
– Extensão de punho
– Flexão do quadril
– Extensão de joelho
– Dorsi-flexão de tornozelo

Avaliação é feita bilateralmente, e a pontuação pode variar de 0 (tetraplegia) a 60 (força muscular normal).

 

ESCALA DE ASHWORTH MODIFICADA

A Escala de Ashworth modificada é uma escala subjetiva que avalia do tônus em graus de 0-4. Ela tem se mostrado confiável e é a escala mais citada na literatura do tratamento da espasticidade, tanto em adultos como em crianças. Suas características e graduação podem ser vistas na imagem abaixo:

 

ESCALA DE FREQUÊNCIA DE ESPASMO

Esta é uma escala subjetiva, graduada de 0-4, onde são observados os espasmos espontâneos ou aqueles precipitados por estímulos em relação à freqüência por hora.

 

ESCALA DE REFLEXOS OSTEOTENDINOSOS

Esta é uma escala com graduação variando de 0-5, que analisa a intensidade da resposta reflexa e a presença de clônus. Devemos lembrar que a hiporreflexia significa uma diminuição da resposta reflexa, e sempre que possível devemos compara as respostas do indivíduo com ele mesmo, em uma região não afetada. Hiperreflexia além de significar uma aumento da resposta reflexa, significa também um aumento da área reflexógena. As características da Escala de Reflexos osteotendinosos pode ser vista no Quadro abaixo.

 

ESCALA DE BARTHEL

A Escala de Barthel tem como objetivo avaliar o potencial funcional de um indivíduo nas atividades básicas do dia-a-dia.  Existe um aplicativo disponível para facilitar a utilização da Escala e pode ser baixado no link: https://play.google.com/store/apps/details?id=com.sensingfuture.ricardo.escaladebarthel.

Para a versão PDF: Índice de Barthel

 

ESCALA DE MOBILIDADE FUNCIONAL – FMS

A Escala de Mobilidade Funcional (FMS) foi desenvolvida para classificar a mobilidade funcional em crianças, levando-se em consideração a variedade de equipamentos de auxílio que uma criança pode usar.
A escala pode ser usada para classificar a mobilidade funcional das crianças, documentar mudanças ao longo do tempo na mesma criança e para documentar mudanças após intervenções.

Para baixar a escala e a forma de avaliação, utilize o link: fms_brochure_portuguese

 

CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE – CIF

A Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) é um sistema de classificação que descreve a situação
de cada pessoa no seu contexto de vida. A CIF “…permite descrever situações relacionadas com a
funcionalidade do ser humano e as suas restrições e serve como enquadramento para organizar esta
informação. Ela estrutura a informação de maneira útil, integrada e facilmente acessível.”

Esta classificação é constituída por duas partes:
Parte 1. Funcionalidade e Incapacidade, que engloba uma lista de Funções do Corpo e Estruturas do Corpo
e uma lista de Actividades e Participação;
Parte 2. Factores Contextuais, que identifica Factores Ambientais e reconhece como relenvantes os Factores
Pessoais.

Para mais detalhes da CIF, baixe o manual completo: Manual_Classificacao_Funcionalidade_-SM_Final

 

MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL – MIF

A Medida de Independência Funcional – MIF – emprega uma escala de 7 pontos para avaliar 18 itens em éreas de cuidados pessoais, controle dos esfíncteres, mobilidade, locomoção, comunicação e cognição social. Esta avaliação foi projetada para mensurar o nível de dependência do paciente em um contexto de enfermaria.
A pontuação é feita ou por entrevista com o paciente e/ou cuidador, ou ainda pela  observações direta do desempenho das atividades.

A MIF apresenta boa confiabilidade, além de ser de fácil e rápida aplicação, porém tem sido discutida sua validação.

 

MINI EXAME DO ESTADO MENTAL – MEEM

 

É o teste mais utilizado para avaliar a função cognitiva por ser rápido (em torno de 10 minutos), de fácil aplicação, não requerendo material específico. Deve ser utilizado como instrumento de rastreamento não substituindo uma avaliação mais detalhada, pois, apesar de avaliar vários domínios (orientação espacial, temporal, memória imediata e de evocação, cálculo, linguagem-nomeação, repetição, compreensão, escrita e cópia de desenho), não serve como teste diagnóstico, mas sim pra indicar funções que precisam ser investigadas. É um dos poucos testes validados e adaptados para a população brasileira.

No site: http://aps.bvs.br/apps/calculadoras/?page=11 é possivel realizar o teste através de uma calculadora.

Para a versão PDF: Mini_exame_do_estado_mental

 

ESCALA DE EQUILÍBRIO DE BERG

Escala de Equilíbrio de Berg, também chamada Balance Scale (Berg e cols., 1992), compreende uma escala de 14 tarefas relacionadas ao dia-a-dia, que envolvem o equilíbrio estático e dinâmico, tais como alcançar, girar, transferir-se, permanecer em pé e levantar-se. Os itens avaliados incluem a habilidade do indivíduo em manter posições de crescente dificuldade, com a diminuição da base de suporte para sentar, até postura confortável, ficar em pé com os pés juntos, e por final, postura em tandem (isto é, com um pé à frente do outro), e postura em uma única perna, os dois itens mais difíceis. Outros itens avaliam o quão bem o indivíduo está apto á mudar de posição, de sentado para em pé, ao baldear-se de uma cadeira para outra, ao pegar um objeto do piso, e ao sentar-se. A realização das tarefas é avaliada através da observação e a pontuação varia de 0 á 4 em cada tarefa, totalizando um máximo de 56 pontos, e a pontuação é baseada no tempo em que a posição pode ser mantida, a distância que o braço é capaz de alcançar para a frente, ou o tempo para completar uma tarefa. Assim sendo, estes pontos são subtraídos caso o tempo ou a distancia não sejam atingidos, o sujeito necessite de supervisão para a execução da tarefa, ou se o sujeito apóia-se num suporte externo ou recebe ajuda do examinador. De acordo com Shumway-Cook & Woollacott (2003), na amplitude de 56 a 54 pontos, cada ponto a menos é associado á um aumento de 3 a 4% abaixo no risco de quedas, de 54 a 46 a alteração de um ponto é associada a um aumento de 6 a 8% de chances, sendo que abaixo de 36 pontos o risco de quedas é de quase 100%.

Versão PDF: Escala de Equilíbrio de Berg

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